Encerro esta etapa de estágio
confirmando minha vocação e a certeza de que os anseios da minha juventude de
lutar por um mundo melhor estão latentes em mim.
Acredito na educação, na escola de
qualidade para todos os cidadãos; lutarei pela escola pública de qualidade, e
por um estado laico em que todos possam ser protagonistas de suas histórias, a
partir de suas escolhas. Não me comparando, mas sim me inspirando na vida e
experiências de Paulo Freire, penso que o desenvolvimento da cidadania se
desenvolve à medida da construção do pensamento crítico e do entendimento de
sociedade que se tem, mesmo que sejam crianças; elas comunicam um modus operandis do seu grupo social
sendo assim:
“A cultura de massas socializa as pessoas para
se policiarem contra sua própria liberdade. Portanto, era compreensível que
algumas classes rejeitassem o convite libertador que eu lhes fazia. O que
fazemos em classe não é um momento isolado, separado do mundo “real”. Está
totalmente vinculado ao mundo real, e este mundo real é que constitui o poder e
os limites de qualquer curso crítico. Talvez eu devesse dizer também que as
habilidades para a transformação distribuem-se de forma desigual. Se me
apresento diante de uma nova classe, não posso supor que essa classe repita o
desenvolvimento ou a transição da classe anterior. Nem que repita a resistência
à transformação da classe que a precedeu. Tenho que redescobrir a distância que
esse novo grupo pode percorrer.
Se
em minha sala de aula (da periferia ou não), eu puder contribuir desta forma
com a sociedade e replicar em outros estes mesmos anseio já terá cumprido meu
papel político como professor.