sexta-feira, 28 de abril de 2017

Reflexão sobre a alfabetização.





Reflexões sobre a alfabetização.


1)      Relação com o processo de alfabetização:
Sou professora há 18 anos e nos últimos 4 anos tenho desenvolvido um trabalho com turmas de 1ºs anos, ou seja tenho me descoberto enquanto alfabetizadora ao longo deste processo.
Ser alfabetizadora é amar uma rotina que envolve processos que se repetem, mas que ao mesmo tempo, são novos devido ao tempo de alfabetização de cada criança.
As aulas nunca são iguais, pois mesmo diante de uma mesma proposta os alunos em níveis diferentes de alfabetização interagem de formas diferenciadas.
2)      Referencial teórico:
Jean Piaget, Emília Ferreiro, Magda Soares, Ana Teberosky são alguns dos principais referenciais teóricos que eu utilizo.
3)      Como organizo o cotidiano das crianças/ rotina?
A rotina das minhas turmas são apresentadas/construídas com os alunos no período de adaptação e incluem:
·        leitura do alfabeto;
·        leitura dos sons das letras;
·        Expressão oral através de contação de histórias ou relatos de vivencias no lar;
·        Registro em desenhos e/ou com o uso de palavras atividades de observação ou pesquisas variadas. Nestes momentos os que já estão em uma escrita mais avançada podem ser o escriba de um pequeno grupo.
4)      Como problematizo?
Como utilizo como método projetos de pesquisa penso que a problematização é instigada ao longo do processo de aprendizagem.
Tanto os trabalhos com os projetos quanto as intervenções na escrita se dão naturalmente uma vez que se torna habitual as perguntas e as reflexões que ocorrem na relação alunoxprofessor.

5)      Como faz o diagnóstico da turma?
Faço o diagnóstico através da observação da relação e interação das crianças com o grupo e também individualmente através dos testes de níveis.
6)      Como faz a intervenção?
Acontece individualmente, mas também em grande grupo dando orientações gerais, pois sempre tem alunos mais autônomos que nestes momentos vão realizando com mais independência as tarefas.
7)      Utilizo muitas folhas e jogos?
Utilizo pelo menos uma folha por dia uma vez que a escola que atuo permite e nos oferece este recurso.
Os jogos estão presentes pelo menos três dias na semana para que possam explorar não somente jogos de cunho do processo de alfabetização, mas também que explorem raciocínio lógico.
8)      Como a leitura está presente no cotidiano?
Temos diariamente um tempo de leitura onde os alunos tem acesso a livros, gibis, revistas “Recreio”, “Picolé”, entre outros.
Lemos com as letras, mas também com as imagens observadas.
Amam escutar a história lida pela professora e são assíduos visitantes da biblioteca escolar.
9)      A professora compreende a relação pensamento e a linguagem:
“Uma palavra que não representa uma ideia é uma coisa morta, da mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra.” Vigotsky
A interação social dos alunos e a aquisição da linguagem escrita reflete a sua maturidade interna e seus pensamentos que com o tempo se tornarão escritos a partir do momento em que se encontrarem alfabetizados.





segunda-feira, 17 de abril de 2017

Como trabalhamos as datas comemorativas?

Quando as datas comemorativas se aproximam penso como realmente nós profissionais de educação, professores especialistas no que estudamos, reproduzimos conceitos.
Como cidadãos deste país temos na cultura indígena a referência de cultura base para a formação de nossa nação mas, que por inúmeras vezes vem sendo deturpada por conceitos reducionistas do que é ser índio neste país.

A seguir uma rica reflexão sobre o ser índio no Brasil atual.









sexta-feira, 14 de abril de 2017

Gestão democrática reflexiva


"O Homem deste final do século é um homem inquieto, questionador. É um Homem que anseia por ser capaz de gerir os seus próprios destinos e os do Mundo numa atitude de reconquista da liberdade e emancipação, próprias do humano."  ALARCÃO

A reflexão que nos moverá ao longo deste semestre nos leva a pensar sobre o que pensa o professor e de como as práticas reflexivas movem o cotidiano escolar.

Pensar sobre tem sido algo que tenho aprendido na escola que iniciei em 2017 que possui em sua essência a institucionalização da reflexão.

Uma das práticas deste processo se dá nas Assembleias que ocorrem em diferentes esferas: funcionários, alunos, professores e pais.

Aprender a olhar com atenção os espaços da escola e contemplar o que como participantes destes espaços podem fazer é um exercício que ocorre coletivamente sem intervenções dos professores, e ou influencia da equipe diretiva.

Estou encantada com a proposta e também ver como, no meu caso, os meus alunos de 1º ano conseguem desde muito pequenos refletir sobre o que pode ser feito pra melhorar a escola e também criticar o que não está bom.
A democracia e a gestão da escola pública prescindem de mais espaços como este.


domingo, 9 de abril de 2017

Professor reflexivo

“A auto-reflexão é intuição e emancipação, compreensão e libertação de dependências dogmáticas. O dogmatismo que desfaz a razão ... é falsa consciência. O dogmático vive disperso, sujeito dependente, determinado pelos objectos, tendo concedido a si próprio tornar-se uma coisa.” (Habermas)

 “Só o eu se aprende a si próprio. Como sujeito que se questiona a si mesmo, o eu consegue a autonomia.” (Habermas)


Com estas duas reflexões inicio minha caminhada neste semestre em que chegamos a metade deste curso.
Chegar até aqui significa chegar no meio da caminhada visualizando a metade já trilhada que ficou pra trás e aprofundando mais ainda a capacidade reflexiva.
Olhar a ação pedagógica como aluna PEAD vai nos instigar a olhar com criticidade o que até aqui como aluna fiz e nos remete a ação diária que nós professores precisamos desenvolver em sala de aula.
Esta reflexão não deveria ser uma moda ou mais uma expressão de senso comum do "pedagogês" mas uma decisão pedagógica que embasada teoricamente assume no cotidiano o seu lugar.
Selecionar conteúdos , escolher as melhores ações a serem desenvolvidas em sala deveria estar ligado a ação de pensar sobre que não ocupa um lugar só no final do processo, mas está em todo o processo incluindo a interação reflexiva com os seus pares.