Ter um
filho pressupõe enchermos este novo ser dos nossos melhores sentimentos e
expectativas em relação ao seu futuro.
Queremos
que ele se torne um adulto feliz e capaz de se inserir no mercado de
trabalho... desejos muito nobres que exigem um processo para se alcançar.
No início
da vida dos nossos filhos já estamos os preparando pra vida, pois, através dos
pais e dos familiares os bebês vão conhecendo o mundo que o cerca a partir
desta pequena sociedade chamada família.
A mãe
acolhe o bebe e o enche de carinho e afeto e já começando a ensinar as
primeiras regras da vida. Brincadeiras de aviãozinho ao comer, experiências ao
dar banho, os bichinhos de borracha que vão à banheira.
Nos
primeiros anos de vida a interação com a família em geral é muito lúdica e
quando a criança cresce e necessita ir para a escola muitos pais e familiares
pensam que neste espaço escolar é lugar de coisas sérias, lugar de se dedicar
aos estudos escolares.
Crianças
na escola precisam ocupar o seu tempo com coisas importantes! Esta não é mais
uma frase qualquer, mas algo comum a muitos pais que criam expectativas em
relação a aprendizagem de seus filhos.
Em média
as crianças passam 4 horas na escola e nem sempre este tempo destinado ao desenvolvimento
infantil é bem entendido. Existe uma exigência de parte da sociedade de que
este tempo da infância precisa ser bem vivido e que é na escola, talvez, o
único espaço realmente lúdico que as crianças de nosso tempo possuem
atualmente.
Brincar
nos remete aquilo que existe de mais íntimo em nós mesmos que está no nosso
íntimo.
Brincar é
algo muito sério, pois permite que a criança cresça com segurança já que na
brincadeira ela reproduz o que vê no mundo “de verdade” e o prepara para
enfrentar situações reais.
Alguns
pais tem a dificuldade de perceber nas propostas pedagógicas das escolas que o
tempo destinado ao lúdico não é tempo desperdiçado, mas sim, tempo bem vivido,
uma forma de armazenamento de criatividade, curiosidade, autoconfiança e uma
memória afetiva positiva.
Essas experiências passam a ser fonte de
aprendizado e estímulo para outras buscas de conhecimento, porque a criança
começa desde muito cedo a mergulhar no universo da brincadeira, da fantasia e
do faz de conta.
“o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo, a
criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do
seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na
realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as
tendências do desenvolvimento. Sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande
fonte de desenvolvimento” (VYGOTSKY, 1998, p. 34).
Uma
parceria de confiança deveria se estabelecer entre pais e escola para que ambos
lutassem juntos pelo tempo de brincar que é rico e cheio de significados.
Quando seu
filho chegar em casa e você lhe perguntar o que fez na escola e ele lhe disser
só brinquei; lembre-se ele não só brincou como se preparou para o futuro.
RFERÊNCIAS:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0369.html

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