segunda-feira, 25 de julho de 2016

NA ESCOLA SE BRINCA OU SE APRENDE?


Ter um filho pressupõe enchermos este novo ser dos nossos melhores sentimentos e expectativas em relação ao seu futuro.
Queremos que ele se torne um adulto feliz e capaz de se inserir no mercado de trabalho... desejos muito nobres que exigem um processo para se alcançar.
No início da vida dos nossos filhos já estamos os preparando pra vida, pois, através dos pais e dos familiares os bebês vão conhecendo o mundo que o cerca a partir desta pequena sociedade chamada família.
A mãe acolhe o bebe e o enche de carinho e afeto e já começando a ensinar as primeiras regras da vida. Brincadeiras de aviãozinho ao comer, experiências ao dar banho, os bichinhos de borracha que vão à banheira.
Nos primeiros anos de vida a interação com a família em geral é muito lúdica e quando a criança cresce e necessita ir para a escola muitos pais e familiares pensam que neste espaço escolar é lugar de coisas sérias, lugar de se dedicar aos estudos escolares.
Crianças na escola precisam ocupar o seu tempo com coisas importantes! Esta não é mais uma frase qualquer, mas algo comum a muitos pais que criam expectativas em relação a aprendizagem de seus filhos.
Em média as crianças passam 4 horas na escola e nem sempre este tempo destinado ao desenvolvimento infantil é bem entendido. Existe uma exigência de parte da sociedade de que este tempo da infância precisa ser bem vivido e que é na escola, talvez, o único espaço realmente lúdico que as crianças de nosso tempo possuem atualmente.
Brincar nos remete aquilo que existe de mais íntimo em nós mesmos que está no nosso íntimo.
Brincar é algo muito sério, pois permite que a criança cresça com segurança já que na brincadeira ela reproduz o que vê no mundo “de verdade” e o prepara para enfrentar situações reais.
Alguns pais tem a dificuldade de perceber nas propostas pedagógicas das escolas que o tempo destinado ao lúdico não é tempo desperdiçado, mas sim, tempo bem vivido, uma forma de armazenamento de criatividade, curiosidade, autoconfiança e uma memória afetiva positiva.
 Essas experiências passam a ser fonte de aprendizado e estímulo para outras buscas de conhecimento, porque a criança começa desde muito cedo a mergulhar no universo da brincadeira, da fantasia e do faz de conta.
“o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento. Sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento” (VYGOTSKY, 1998, p. 34).
Uma parceria de confiança deveria se estabelecer entre pais e escola para que ambos lutassem juntos pelo tempo de brincar que é rico e cheio de significados.
Quando seu filho chegar em casa e você lhe perguntar o que fez na escola e ele lhe disser só brinquei; lembre-se ele não só brincou como se preparou para o futuro.

RFERÊNCIAS:
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0369.html

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