O
brincar emana na natureza humana em especial na fase mais intensa e plena que é
a infância.
Ao
brincar a criança vive quem ela realmente é e percebe-se que sua subjetividade
se torna materializada no brincar, pois o seu inconsciente vem à tona no ato da
representação e da imaginação.
O
corpo se encontra com a psique e ela está ali inteira!
Na
minha infância me recordo que fora muito livre uma vez que a rua, o bairro e
arredores eram nosso cenário. Podíamos nos perder no tempo pelas ruas e nas
árvores subir para nos escondermos.
Sabíamos
que a brincadeira estava no fim quando ao escurecer minha mãe subia no terraço
de casa e gritava pelo meu nome!
Enfim
minha infância foi muito plena, havia muita criatividade ao produzirmos os
nossos próprios brinquedos e inventar as brincadeiras que diferentemente de
hoje em dia eram menos estereotipadas, não se referiam muito a personagens
Disney.
Havia
uma praça e nela árvores, um cano de pedra no qual subíamos e também dentro
dele pensávamos a próxima brincadeira. Esta mesma praça hoje mostra um pouco da
nossa realidade: as famílias tem menos filhos e esses filhos nunca vão para a
rua e esta praça já não recebe visitantes porque também nela já não encontramos
mais brinquedos e muito menos o tal túnel de pedra.
Eu
pensamos que éramos mais imaginativos...e também percebo que atualmente as
escolas estão percorrendo o caminho de volta e procurando reencontrar o brincar
para esta nova infância que se apresenta.




Concordo contigo Fernanda, me identificando muito com teu escrito sobre a questão da infância, antiga e atual.
ResponderExcluirEu também cresci na rua, solta. Liberdade essa, que as crianças de hoje não podem experimentar e apreciar devido ao novo estilo de vida que estamos adotando.
Teu texto relata as evidências de uma rotina pós modernidade que afeta consideravelmente este aspecto necessário à criança, que é o brincar por brincar.
Itens relevantes, à essa nova infância aqui foram abordados de forma clara e verdadeira, apresentando-nos um retrato fiel de que hoje existe um novo olhar sobre " o brincar"mas, que mesmo assim , faz-se necessário buscar muito do que já se foi perdido. Afinal, criança é criança em qualquer lugar ou época, mesmo com realidades distintas, a fantasia e inocência desta fase não pode morrer.
Percebo teu texto bem redigido, apresentando evidências e argumentos relevantes e satisfatórios ao assunto proposto.